terça-feira, 3 de agosto de 2010

"Memórias em Celulóide"

mostra história do fundador do MIS
Curta dirigido por Marcos Craveiro será exibido nesta terça


Henrique de Oliveira Júnior: paixão pelo cinema

O curta-metragem “Henrique de Oliveira Júnior - Memórias em Celulóide”, rodado em Campinas em Alta Definição de fevereiro a maio deste ano, será exibido nesta terça-feira no Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas. O documentário de 14 minutos mostra a trajetória do fundador do MIS, que tem 89 anos e grande parte deles dedicados à paixão pela sétima arte.

Cineasta com mais de 80 filmes e trabalhos premiados em festivais no Brasil e no exterior, Henrique começou cedo, aos 14 anos, como assistente de operador de cinema no antigo Cine Coliseu, que ficava no largo Carlos Gomes.

O documentário mostra fotos da época e trechos restaurados de alguns de seus trabalhos, como “Lição Merecida”, de 1952, e “O Pedreiro de Days Peixoto”, de 1966.

Henrique fez parte do ciclo Campineiro do Cine Clube Universitário realizando o filme “O Artista”, em 1967, e vários trabalhos de registro de época em 16mm e super 8 mm.

Em 1969 realizou um de seus mais importantes trabalhos, o curta de 90 segundos intitulado “Ser” , que levou um dos principais prêmios em 16 mm do festival mais importante do Brasil na época, o Festival de Cinema do Jornal do Brasil no Rio de Janeiro.

Em 1978 realizou, juntamente com a equipe Pesquisa Oito, com Bernardo Caro na direção, o filme “Tabela”, que ganhou mais de 25 prêmios nacionais e internacionais e participou da Bienal de São Paulo.

Em 1955, restaurou uma cópia do primeiro longa-metragem feito em Campinas, “João da Mata”, de 1923. Em 1981, a pedido do cinegrafista Thomas de Túllio, de “João da Mata”, então com 82 anos, reconstruiu a câmera Éclair, uma das primeiras filmadoras de todo o mundo, usada no filme. Hoje ela está no MIS de Campinas.

Entre seus trabalhos significativos ainda está a construção de um projetor de 35 mm com mais de 900 peças que o cineasta fez sozinho e um outro de 16 mm. Em 1977 fundou o Museu da Imagem e do Som em Campinas.

O filme “Henrique de Oliveira Junior – Memórias em Celulóide” foi convidado para fazer parte do acervo de filmes da Cinemateca Brasileira.

Sobre o Diretor

O campineiro Marcos Craveiro realizou mais de 50 filmes em Super 8 mm na década de 70 e 80 e muitos premiados no Brasil e Exterior, entre eles documentários com a atriz Regina Duarte (Close Up Regina Duarte, premiado no festival Grife Fotoptica em l979) e Marília Pêra – A Feiticeira.
Na década de 80, realizou três curtas-metragens em 35 mm, todos em parceria com a LC Barreto do Rio de Janeiro – João da Mata(1983), Medalha de Ouro (1984) e A Força do Amor (1986).

“João da Mata – Um Documento” (1983) foi convidado para participar do Oscar em 1985 e ficou entre os 10 mais votados pela Academia como melhor curta daquele ano (somente os primeiros cinco mais voltados é que entram para a lista do Oscar de cada ano) e por isso foi convidado para fazer parte do Acervo da Academia de Hollywood.

Depois da exibição no festival FILMEX, em Los Angeles, também foi convidado para entrar para a coleção de filmes do AFI em Washington, como o primeiro filme brasileiro a fazer parte da coleção do American Film Institute que fica na Biblioteca do Congresso Nacional em Washington, uma das mais famosas coleções do mundo. Em setembro de 2009 foi convidado pela diretoria do World Cinema Foundation, por Alberto Luna, a pedido de Martin Scorsese, para doar uma cópia de seu filme à Instituição em Roma.

Medalha de Ouro (1984), que conta a vida de um campeão de Ginástica Olímpica de Campinas, Carlos H. Silvestre, também foi convidado a fazer parte da coleção do AFI na Biblioteca do Congresso Americano.

Hoje, além de escrever roteiros para cinema e fazer curtas no formato digital (seu trabalho "Dois atos", de 2005, foi exibido no festival Internacional de New York em 2005), Craveiro representa os Estúdios Sony Pictures, Columbia e Fox Filmes no interior de São Paulo.

Ficha técnica:

Roteiro original: Marcos Craveiro
Produção e direção: Marcos Craveiro
Fotografia: Marcos Craveiro
Operador de dolly: Jefferson Baptista
Edição: Marcos Craveiro, Hélcio Henriques, Rogério Siena e Jefferson Baptista
Aassistente de produção: Hélcio Henriques, Rogério Siena e Jefferson Baptista
Fotos de cena: Jefferson Baptista , Rogério Siena
Pesquisa histórica: Hélcio Henriques
Trilha sonora: Marcelo Giorgetti e Lívia Penna
Depoimentos: Henrique de Oliveira Junior, Celso Bodstein, José Alexandre dos Santos Ribeiro, Dr. Marino Ziggiati, Orestes Toledo e Thomas de Tullio
Tempo: 14 minutos
Classificação indicativa: Livre

Serviço:

Exibição do curta “Henrique de Oliveira Junior - Memórias em Celulóide”
Local: MIS Campinas. Rua Regente Feijó, 859, Centro. (19) 3733-8800
Data: 3 de agosto
Horário: 20 horas

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