Enviado por Claudio de Paula - 4.8.2011 - 19h34m |
Telão além do entretenimento
O surgimento dos multiplex e o aniquilamento dos cinemas de rua no bairro, como o Comodoro e o Bruni — onde as exibições priorizavam filmes de arte — deixaram tijucanos sem muitas opções, além dos blockbusters de shopping center. De olho nesse público, cinéfilos criaram os grupos Cine Artes, Cine Chega Mais e Cine Como Le Gusta, este último do Sesc-RJ, que se presentam como alternativas aos espaços convencionais no bairro, em formato de cineclubes. A ideia é priorizar produções nacionais e filmes fora do circuito comercial, além de juntar cinéfilos e frequentadores sem compromisso, aproveitando para analisar diretores, obras e temas diversos em encontros e debates semanais pós-exibição.A vantagem dos cineclubes é oferecer cinema gratuito, além de dar a oportunidade de que filmes normalmente fora de catálogo na locadora ou indisponíveis nas salas comerciais possam ser conferidos pelo público. O clima intimista também faz a diferença. As discussões que acontecem logo após cada exibição são uma forma de repercutir o tema da película apresentada, levantando debates que, de uma forma geral, são esquecidos ou ignorados pela mídia.
— O cineclube é um movimento artístico, que proporciona o encontro, a discussão e o acesso — afirma Priscilla Duarte, uma das organizadoras do Cine Artes, na Uerj, onde faz mes$em Artes.
O Cine Artes existe há quase sete anos. Além de Priscilla, conta com a participação do cineclubista Rodrigo Bouillet, e é frequentado principalmente por estudantes. Mas recebe e atrai um público diversificado, que vai dos cinéfilos adeptos de variadas vertentes a interessados num filme específico.
As exibições são às quartas-feiras, a partir das 18h, na própria Uerj. A cada mês, as apresentações enfocam um diretor, gênero de filme ou outro tema.
Devido ao período de férias, a próxima sessão do Cine Artes será no dia 24 de agosto, quando estarão em cartaz curtas nacionais.
— A exibição será dos curtas mais atuais do Rio, todas produções dos últimos anos. O público poderá conferir filmes de diretores como Walter Fernandes e Christian Cazelli, que têm como características o experimentalismo e a cena underground — diz Rodrigo Bouillet.
Leia a íntegra desta reportagem no Globo-Tijuca ou no Globo Digital (somente para assinantes)
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